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Desfile do 20 de setembro reforça simbolismo e comemora a identidade gaúcha

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Desfile 20 de setembro - Foto: Karine Viana/Palácio Piratini

A maior comemoração anual do tradicionalismo gaúcho encerrou suas atividades, nesta quinta-feira (20), com um desfile carregado de emoção, nos 183 anos da Revolução Farroupilha, em homenagem à história de tradição cultural e social do Rio Grande do Sul. No ano em que faleceu o tradicionalista Paixão Côrtes, eternizado na estátua de O Laçador, em Porto Alegre, o desfile não deixou de encantar com as cores e os símbolos dos ritos gauchescos. O governador licenciado, José Ivo Sartori e a secretária do Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, Maria Helena, prestigiaram o desfile. O vice José Paulo Cairoli também acompanhou o evento.

Com tema baseado no Tropeirismo, a contribuição daqueles que fizeram parte dos primórdios da ocupação dos campos do Sul do Brasil foi destacada como um lembrete aos tradicionalistas, de que existem muitos outros elementos importantes na construção da identidade do gaúcho. A comemoração encabeçada pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho, conforme a organização, contou com a representação de 58 piquetes inscritos, dos 350 que foram acampados de 7 a 20 de setembro, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, o que representou 1,5 mil participantes entre cavalarianos, lanceiros e prendas.

Além das entidades tradicionalistas, participaram no Desfile Tradicional, que percorreu a Avenida Edvaldo Pereira Paiva, na capital, integrantes da Polícia Civil, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, Instituto-Geral de Perícias (IGP) e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), estudantes do Colégio Tiradentes de Porto Alegre, Grêmio Náutico União, entre outras instituições. Conforme a Brigada Militar, cerca de 10 mil pessoas acompanharam o festejo.

“Hoje é o dia de nós celebrarmos e colocarmos pra fora esse orgulho e sentimento de pertencimento que sentimos pelo nosso estado e pela nossa terra. Não podemos ignorar a importância cultural que o Rio Grande do Sul tem pro Brasil e pro mundo”, ressaltou o presidente do MTG, Nairo Callegaro.

O secretário da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Victor Hugo comentou sobre a importância de se manter a tradição na contemporaneidade. “Paixão Côrtes foi e é uma das sementes junto a Barbosa Lessa e outros pioneiros do movimento. Tenho certeza que hoje muitas pessoas saíram às ruas reverenciando o passado e também mirando o futuro, já que essa data representa para a história o simbolismo do pensamento Farroupilha que é o enfrentamento ao poder central. No passado, as províncias pediam maior autonomia perante o Império, hoje, os municípios reforçam a necessária revisão do pacto federativo”, afirmou.

Além dos shows, apresentações culturais artísticas e bailes, sem esquecer o rodeio e outras atrações, os Festejos Farroupilhas 2018 comemoraram a contribuição histórica do tropeirismo para a tradição gaúcha. Desde os primeiros tempos da ocupação europeia pelos jesuítas na Região Missioneira (1626), e, posteriormente, por paulistas, lagunistas e portugueses que se estabeleceram inicialmente nos Campos de Viamão, os tropeiros (vindos de outros lugares) formaram as primeiras estâncias oficiais (1732), mediante doação de sesmarias.

A bagagem cultural que influenciaria num perfil típico do gaúcho atual demonstra a importância da figura humana do tropeiro, que por muito tempo ficou oculto na história tradicionalista. Alguns formaram famílias, casando-se e muitos de seus filhos seguiram as atividades de seus progenitores, garantindo assim, viva as lidas tropeiras de seus antecedentes.

 

Secom

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